quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Infância perdida.

Continuando aqui....

A minha segunda casa era a igreja, passei o final da minha infância ao início da minha adolescência na igreja. Mas antes disso aconteceram diversas coisas, meu tio foi embora de casa e saiu ileso, pois tinha vergonha de procurar minha mãe ou meu pai para falar sobre isso.
Com a partida do meu tio vieram todas as dificuldades pois eu era uma criança viciada em SEXO  e sexo Sadomasoquista, pois havia uma mistura de violência com prazer. Passei por tudo todos estes momentos tentando procurar uma forma de mudar esta chave e não conseguia jamais!
Com a vinda das primeiras fases da puberdade eu peguei NOJO de mulher, e não queria jamais ficar perto dos guris da minha idade o que eu queria era distância do modismo que havia na época, quando criança um grupo de irmãos vieram a morar perto de casa, me tornei amigo de todos e claro que nos momentos vagos eu me deixava abusar por eles, em nenhum momento sentia que estava errado a não ser pela paixão que trazia comigo pela dor e pelo prazer!
Desculpe piazada! estou aos prantos assimilando as coisas, escrever é uma terapia muito massa!
Era isso que acontecia eu era abusado, e abusado profundamente. Na adolescência todo mundo pegava todo mundo, era um tal de fica aqui fica ali e eu deslocado total do universo hétero, minha alma estava na lama do vício sexual e tanto que me sentia mulher, e as vezes minha fase homem era gay e não tinha a menor condição de ser diferente. Quando comecei a fazer teatro as coisas mudaram, para pior! Eu poderia fazer tudo porque? Era artista! Ah.... que delícia agora posso me mostrar para todo mundo, nesta época eu já coordenava o grupo de jovens da minha comunidade, pensa numa bichinha, pensou? era eu.


Foi um universo de abuso que ninguém aqui pode imaginar, e claro que quando fui crescendo peguei nojo de tudo que era "normal" quando alguma menina se aproximava de mim na escola com desculpas que me achava bonito eu fugia, afinal não acreditava que ela via meu lado masculino pois na minha cabeça não existiu. Fui muito humilhado, mano, sério desde quando eu pisava do portão para fora já vinham as chacotas: - Viadinho, Bichinha, e todos os adjetivos mais lindos que vocês possam imaginar.


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